segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Baseball e a Babe Ruth! [OnJack Ed. #181]

Peter V. UeberrothO antigo comissário do beisebol Peter V. Ueberroth ordenou em 1985 que todo o pessoal sob a sua alçada, exceto os jogadores sindicalizados, se submetes­sem a estes testes à urina. Dos conces­sionários e vendedores de amendoim até aos carregadores de tacos, o teste é obri­gatório para se obter um emprego ou prestar um serviço. Em 1990, fora incor­porado em todos os contratos, incluindo os dos jogadores.
 
Agora, desde Novembro de 1996, na Califórnia, um jogador profissional de beisebol (ou, para o caso, de qualquer outro esporte) pode beneficiar da cannabis enquanto medicamento e con­tinuar a jogar profissionalmente.
 
 
Para além das questões que se levan­tam sobre liberdades civis, esquece-se aparentemente que "Babe" Ruth tinha o costume de convidar os repórteres a acompanharem-no enquanto bebia 12 cervejas antes de um jogo, durante a proibição do álcool.
 
Muitas organizações "secas", e até mes­mo o comissário da Liga, imploraram-lhe que pensasse nas crianças que o ido­latravam e deixasse de proceder assim, mas o "Babe" recusou.
 
Se Peter Ueberroth ou a sua laia tives­sem sido responsáveis pelo beisebol durante a proibição, o "Sultão da Tacada" teria sido ignominiosamente despedido e milhões de crianças não teriam jogado orgulhosamente em "Campeonatos In­fantis Babe Ruth".
 
Dezenas de milhões de americanos médios optam por usar cannabis en­quanto automedicação ou para se rela­xarem quando não estão a trabalhar, incorrendo por isso em sanções crimi­nais. O desempenho laboral devia ser o principal critério para a avaliação de todos os empregados, e não as escolhas pessoais de estilos de vida.
 
Os Babe Ruths do esporte, os Henry Fords da indústria, os Pink Floyds, Beatles, Picassos e Louis Armstrongs das artes, e um entre cada dez americanos viraram criminosos ■— e milhares ficaram desempregados — por fumarem can­nabis, ainda que o fizessem apenas para se descontrair, na intimidade dos seus lares. A carreira cinematográfica de Robert Mitchum quase foi destruída em 1948 por uma prisão por posse de marijuana. O juiz federal Douglas Ginsburg estava prestes a ser nomeado para o Supremo Tribunal dos E.U. em 1987 quando se soube que fumara erva quando era professor universitário, e o seu nome foi reti­rado do escrutínio. Porém, a questão de Clarence Thomas ter admitido em 1991 que fumara marijuana na universidade, não foi levantada na sua controversa con­firmação como juiz do Supremo Tribunal.
 
DIVIDINDO COMUNIDADES... E SEPARANDO FAMÍLIAS

"Ajude um amigo, mande-o para a cadeia", diz um outdoor em Ventura, Califórnia. Este é um exemplo das táti­cas de denúncia vicinal promovidas pelas campanhas de "tolerância zero" que estão a ser lançadas para impor as leis contra o crime sem vítimas que é fumar marijuana.

 

Eis outro exemplo, retirado da TV: "Se você tiver conhecimento de um ilícito, poderá ganhar até mil dólares. O seu nome não será usado e não terá necessi­dade de depor em tribunal".* Um recluso recebeu um postal dizendo: "O nosso informador recebeu 600 dólares por tê-lo denunciado. Ass: Crimestoppers".

*Crimestoppers, Ventura, CA, Outubro de 1989.

Um comentário:

  1. O governo sabia do potencial da cannabis, quiseram tirar a cannabis totalmente das mãos da sociedade .. Felizmente nossos soldados são muitos e são fortes, aos poucos estamos vencendo a guerra ..

    ResponderExcluir